Zona Azul foi concedida à Hora Park, do grupo Estapar, com proposta de R$ 1,3 bilhão

Folha de S.Paulo, 16 de dezembro de 2019

De todas as concessões da gestão Bruno Covas, nenhuma é tão nefasta e suspeita quanto a entrega da Zona Azul, por R$ 1,3 bi a uma única empresa de estacionamento, controlada por um banco, que pagará metade desse valor até o final da atual gestão. A concessão é desnecessária, contraria as diretrizes do Plano Diretor e está repleta de vícios.

Urbanisticamente, é um desastre e está na contramão dos tênues avanços que obtidos na alteração do modelo de mobilidade em São Paulo, onde está ocorrendo uma radical transformação na gestão da faixa do viário junto às calçadas, o meio fio.

Estimular o transporte coletivo e a mobilidade ativa requer que o meio-fio seja reservado para ônibus, ciclovias, ciclofaixas, alargamento das calçadas e paraciclos.

Congelar por 15 anos até 60.000 vagas de estacionamento, gerando direitos contratuais ao concessionário, inclusive de indenização se houver supressão de vagas abaixo do mínimo previsto, é um contrasenso.

Por que entregar a uma única empresa privada a gestão de todo o meio-fio da cidade, que já está modernizado, é lucrativo para a prefeitura, não requer investimentos significativos e é operado por 15 empresas privadas?

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