Cidade de São Paulo não tem atividade especial de recreação e cultura programada para período de fim de ano

Folha de S.Paulo, 30 de dezembro de 2019

Para quem não tem jatinho ou helicóptero, sair de São Paulo em direção ao litoral no final do ano é um stress. Uma viagem de duas horas vira uma epopeia de sete horas. Muitos já se conformaram com esse tormento, convencidos que ele pode ser compensado pela caipirinha na praia, seguido de um banho de mar, mesmo que poluído.

Como São Paulo pouco oferece nesse período, a não ser tranquilidade, ficar na cidade parece um mico. Entre oito e dez milhões de pessoas viajam, mas como somos 21 milhões, a maioria fica, sem alternativas de lazer, cultura e recreação.

Enquanto o lazer nos feriados prolongados não for enfrentado com políticas públicas adequadas, os engarrafamentos monstruosos nas rodovias e a depredação das áreas litorâneas vão continuar. E, por outro lado, a maioria da população, “os sem praia”, ficará sem alternativas para usufruir os poucos dias de folga a que tem direito.

Para quem vai ficar na tranquilidade em suas cidades e para quem enfrentou estradas congestionadas, desejo um feliz 2020. Com menos ódio e mais amor. Por favor.  

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