Nascida na Áustria, perseguida pelos nazistas e levada a um campo de concentração, ela foi a pioneira no desenvolvimento da agroecologia
Folha de S.Paulo, 6 de janeiro de 2020
Pioneira da agroecologia no Brasil, Ana Maria Primavesi faleceu ontem, deixando um legado em favor da vida em um momento de incertezas sobre o futuro do planeta.
No ano em que a Amazônia ardeu e em que Bolsonaro aprovou 439 novos agrotóxicos, 34% dos quais com substancias proibidas pela União Europeia, as pesquisas e a prática de Primavesi mostram que é possível fertilizar o solo e evitar as pragas utilizando a adubação verde e biológica, sem usar veneno.
Primavesi lançou tantas sementes que agora o mundo está repleto de mudas vigorosas.
Muitas dessas mudas estão em São Paulo, nas dezenas de feiras orgânicas e hortas urbanas espalhadas pela cidade, no desejo das pessoas de evitarem os agrotóxicos, nos “banquetaços” em defesa da alimentação saudável, no Plano Diretor que recriou a zona rural.
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