Responsabilidade também é de governadores e prefeitos, muitos dos quais envolvidos em escândalos de corrupção

Folha de S.Paulo, 10 de agosto de 2020

Cem mil mortos! Quem são os responsáveis por não termos uma estratégia eficaz para minimizar os efeitos da pandemia?

Bolsonaro difundiu fake news, negou a ciência, menosprezou a doença, indicou remédios inúteis, estimulou movimentos contra o isolamento. Muitos acreditaram que o coronavirus era um fantasia e as recomendações era inúteis.

Sem ministro efetivo da Saúde, o país ficou sem coordenação nacional para enfrentar sua maior crise sanitária. A “boiada” passou e levou a pandemia para as áreas indígenas, invadidas por garimpeiros e madeireiros ilegais, protegidos pelo governo.

Se Bolsonaro é o principal responsável, não podemos isentar o Congresso que o deixou atuando contra a vida e os governadores e prefeitos, que cometeram equívocos na quarentena e escândalos de corrupção na compra de equipamentos da saúde.

Cem mil mortes choca, mas 25 mil óbitos no estado de São Paulo e 10 mil na capital geram um número de óbitos confirmados por 100 mil habitantes maior que a média nacional: 46 para o Brasil, 60 para o Estado e 87 para o município.

Como São Paulo tem a maior e melhor rede hospitalar do país, esses altos índices mostram Doria e Covas cometeram muitos erros, como uma quarentena relaxada e ausência de políticas de mobilidade e moradia capazes de contribuir para amenizar os efeitos da pandemia.

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