Minimizar a pandemia e vitimismo são características de líderes populistas.
Folha de S.Paulo, 28 de setembro de 2020
“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, dizia Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Hoje a mentira é potencializada e martelada infinitamente pelos algoritmos da redes sociais e pelas bolhas de Whatsapp, como mostrou o “O Dilema das Redes”, estreia da Netflix.
Do auxílio fictício de 1000 dólares a responsabilizar índios, caboclos e ONGs por crimes ambientais, nunca um chefe de Estado mentiu tanto no plenário da ONU, como fez Bolsonaro na semana passada. Estamos sendo governados por um presidente farsante, incompetente e alucinado, que flerta com regimes autoritários e que não tem o menor constrangimento em usar a mentira como instrumento para enganar a população e angariar apoio.
O grave é que a estratégia está dando certo: 40% avaliam como ótimo e bom um governo que não tem um projeto para o país, que destrói as políticas públicas, deixa o Pantanal e a Amazônia serem destruídos, entre outras barbaridades.
Se a eleição fosse hoje, Bolsonaro seria o favorito. Sua reeleição seria a consolidação de uma tragédia nacional.
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