Em 2020, São Paulo tornou-se o principal destino no país para o Carnaval

Folha de S.Paulo, 17 de fevereiro de 2020

O Carnaval de Rua de São Paulo tornou-se, provavelmente, o maior do Brasil. Ele integrou a política cultural e urbana da gestão Haddad, que abriu o espaço público para as pessoas e a cultura. Mas, frente ao crescimento contínuo, novos desafios precisam ser enfrentados.

Como Secretário de Cultura (2015-6), coordenei o Carnaval de Rua durante seu enorme crescimento inicial: de 42 blocos em 2013, chegamos a 384 em 2016 (aumento de 914%). Nesse ano estão programados 644 blocos.

A concepção do Carnaval de Rua paulistano, nascida do diálogo com os blocos pioneiros, é o conceito de cidadania cultural. A prefeitura garante a infraestrutura e o protagonismo é dos grupos culturais da cidade. Essa dimensão não pode ser desvirtuada.

Com o crescente interesse na festa, não apenas cultural mas também comercial, corre-se o risco dele virar mais um evento com artistas do que uma expressão cultural espontânea da comunidade. Será que isso interessa para a cidade? Será que não chegou a hora de debater se o Carnaval não deve parar de crescer para fortalecer a cidadania cultural? 

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