Clima de polarização nos deixa em alerta para escalada de violência
Folha de S.Paulo, 30 de setembro de 2019
São Francisco, Califórnia, novembro de 1978. Dan White, um policial conservador, ex-supervisor (equivalente a vereador), entra por uma janela do porão da City Hall e vai ao gabinete do prefeito George Moscone.
Saca um revolver do paletó e dá quatro tiros no prefeito.
Recarrega a arma e se dirige à ala oposta do imponente palácio e acerta cinco tiros em Harvey Milk, ativista gay e o primeiro supervisor (e pessoa pública) abertamente homossexual a ser eleito nos EUA.
O duplo assassinato, movido pelo ódio e homofobia, é uma referência para o que poderia ter ocorrido no STF se Rodrigo Janot, com sua pistola autorizada, tivesse executado o plano de matar Gilmar Mendes.
O incentivo do governo Bolsonaro ao ódio e intolerância e ao porte de armas cria condições para tragédias. Se até o chefe da PGR, cuja responsabilidade é imensa, pensa em disparar contra uma pessoa com quem tem diferenças ou raiva, o mais prudente é limitar o acesso a armas.
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