Folha de S.Paulo, 15 de agosto de 2021.

O Relatorio do IPCC sobre a emergência climática é contundente. Inequivocamente, a ação humana é responsável pela elevação de 1,09oC na temperatura média da terra desde o seculo XIX. Os efeitos estão aí, com a maior seca em 91 anos no Sudeste brasileiro, inundações recordes na Alemanha e China, incendios florestais na Siberia e ondas de frio no sul do Brasil e de calor no Canadá. Tudo isso simultaneamente. O nivel do mar está se elevando 3,7mm ao ano, contra 1,35mm no século passado. Nesse ritmo, em 2.100, metade das praias do mundo desaparecerão e cidades costeiras serão inundadas. Regiões de produção de graos, como o Centro-Oeste, vão se desertificar. Mas a ficha ainda não caiu para a maioria das pessoas, mesmo as que pensam não serem negacionistas.

Medida drasticas precisam ser adotadas para zerar a emissão de gases de efeito estufa, sob risco do planeta se tornar, gradativamente, um ambiente cada vez mais inabitável para o ser humano.

Enfrentar esse desafio nas cidades é urgente. Nesta coluna, Nabil destaca dez medidas urbanas que precisam ser adotadas com radicalidade para enfrentar o desafio da emergência climática. Para acessá-la completa, clique aqui.

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Folha de S.Paulo, 8 de agosto de 2021.

A ausência de uma ação emergencial dos governos para enfrentar o problema da moradia durante a pandemia é escandalosa. Os inquilinos de baixa renda foram os que mais sofreram com a perda de renda provocada pelo isolamento social. S

em políticas públicas, a alternativa para os despejados da quarentena foi engrossar as novas ocupações de terra na periferia ou morar nas ruas das áreas centrais. Nas praças e calçadas de São Paulo, os novos moradores em situação de rua são famílias, com criancas, que ainda carregam móveis, utensílios domésticos, malas e brinquedos, que aos poucos vão se perdendo.

Os vetos de Bolsonaro e Doria às leis, tardiamente aprovadas, que suspendiam temporariamente os despejos foi o ponto final da crueldade desses governantes às que ficaram sem teto. Para ler este artigo completo, clique aqui.

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Folha de S.Paulo, 2 de agosto de 2021.

A extrema direita fez da guerra cultural um instrumento para combater o pensamento critico e o campo anti-hegemonico, que ela chama de esquerda. Para ela, interessa destruir o patrimônio cultural brasileiro, no sentido amplo da palavra, e gerar conflitos sem aprofundar e qualificar o debate. O abandono da Cinemateca, um dos fatores que provocou o incendio no acervo da Vila Leopoldina, faz parte da visão bolsonarista que nega a importância da cultura brasileira e não se importa com sua destruição. Também é conveniente a esses grupos uma batalha de estátuas sem que exista um espaço institucional de decisão que canalise o debate sobre o que fazer com monumentos de personagens que desrespeitam os direitos humanos.

A Secretaria Municipal de Cultura tem uma Comissão que tem a atribuição de decidir se um monumento deve ser removido, restaurado ou instalado. Isso pode ser feito em um processo democrático de decisão, pactuado com a sociedade. Ao invés de restaurar o Borba Gato, a prefeitura deveria abrir o debate publico sobre o que fazer com ele. Senão vai sobrar somente mais uma batalha da “guerra cultural”, (você derruba a minha, eu destruo a sua) que só interessa a quem não aceita a democracia.

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Folha de S.Paulo, 25 de julho de 2021.

O Borba Gato em chamas gerou grande polêmica e polarização. Ela
decorre da falta de debates e iniciativas do poder publico em rever a farsa histórica que exalta os bandeirantes, que escravizaram e mataram indígenas. Não é apenas uma questão de revisão histórica, mas um tema atual.

Os indígenas estão sofrendo ataques de novos “bandeirantes”, com projetos de leis que retiram seus direitos constitucionais e com a política do governo federal que estimula a invasão das terras indígenas por garimpeiros, desmatadores e grileiros, gerando devastação ambiental.

Incendiar monumentos com as próprias mãos dá visibilidade para o tema, mas não é o caminho para rever a história que, para ser estrutural e duradoura, precisa ser fruto de debates democráticos. Para ler esta coluna completa, clique aqui.

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Folha de S.Paulo, 18 de julho de 2021.

É urgente a Câmara Federal instalar a CPI do desmatamento para investigar os crimes ambientais do governo Bolsonaro. Seus efeitos – secas, inundações, deslocamentos forçados, fome e mortes em todo o planeta – serão mais duradouros e nefastos, a médio prazo, que o dramo vivido na pandemia. As inéditas tempestades na Alemanha e a seca que provoca a crise de energia no sudeste são manifestações, entre tantas outras, dos efeitos climáticos extremos.

Clique aqui para ver os inúmeros crimes ambientais praticados em série pelo ex-ministro Sales, com o respaldo de Bolsonaro. É necessário dar visibilidade ao tema para evitar uma tragédia ainda maior ocorra no próximo período de seca. Assim como fez na CPI da Covid, Supremo precisa intervir e forçar a instalação da CPI da Boiada.

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Folha de S.Paulo, 11 de julho de 2021.

Facilitar o retrofit de edifícios obsoletos e ociosos, transformando-os em habitação, é uma proposta quase consensual. Prevista no Plano Diretor, a prefeitura levou inacreditáveis sete anos para formular uma lei específica com esse conteúdo e, agora, quer aprová-la em apenas sete dias, sem debate público.

A lei está no bom caminho, mas tem problemas e precisa ser aperfeiçoada, com participação da sociedade. O prefeito, entretanto, quer aprová-la como uma boiada, “à la Ricardo Salles”. Clique aqui para ver a escandalosa forma como a Câmara aprovou, em 1a votação, o Requalifica Centro apenas um dia após ele ser divulgado.

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Folha de S.Paulo, 4 de julho de 2021.

Existem em São Paulo muitas áreas passíveis de adensamento, com diferentes tipologias, não se justificando sua ampliação como pretende setores do mercado imobiliário.

Em contrapartida, vilas e trechos da cidade, como a Chácara das Jaboticabeiras, que tem qualidade urbanística e paisagística e intensa sociabilidade, vem sofrendo impactos com uma verticalização dispersa e precisam ser protegidos. Para ler esta coluna completa, clique aqui.

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Folha de S.Paulo, 28 de junho de 2021.

Shoppings, academias, bares e restaurantes já estão abertos em São Paulo, mas a Paulista continua fechada aos domingos para as pessoas. Não há motivo para isso, pois o risco de transmissão em espaços abertos, sem aglomeração e com uso de máscara, é infimo.

Enquanto o Minhocão virou a praia dos paulistanos nos finais de semana, a Paulista Aberta, que tinha se tornado a ágora da cidade está tomada pelos carros nos domingos. Não há razão para isso, fora um retorno da ultrapassada visão de que as ruas são apenas dos automóveis.

Clique aqui para ler porque a prefeitura precisa abrir a Paulista para as pessoas que estão precisando usufruir o espaço livre. Sem aglomeração, claro.

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Folha de S.Paulo, 21 de junho de 2021.

Uma cidade mais compacta e adensada pode garantir moradia próxima do trabalho, intercâmbio cultural e acesso à educação, favorecer a mobilidade ativa, reduzindo as emissões e evitar uma exagerada expansão horizontal, preservando o cinturão verde e a zona rural.

Mas adensamento não é, necessariamente, resultado de uma verticalização sem limites. Uma cidade compacta e com qualidade urbana pode ser resultado da ocupação de terrenos e glebas ociosas ou subutilizadas, combinada com uma maior diversidade tipológica: áreas verticalizadas junto ao transporte coletivo, prédios mais baixos nos miolos e bairros residenciais de casas e sobrados, com parques e espaços livres bem distribuídos em todas as regiões, como propõe o Plano Diretor de São Paulo.

Nesta coluna, Nabil defende uma cidade compacta com limites ao processo de verticalização. Vejam o artigo completo ao clicar aqui.

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Folha de S.Paulo, 13 de junho de 2021.

Na ridícula motociata que promoveu, Bolsonaro mostrou que, além de desestimular a prevenção contra a Covid, também desconsidera a questão de segurança no trânsito.

Usou moto sem placa e um capacete proibido. Flerta novamente com a morte pois a mortandade no trânsito no Brasil pode ser comparada com uma guerra: em dez anos, 200 mil mortes e 2 milhões de inválidos. Com um terço da frota de veículos, os acidentes com moto representam 74% das indenizações do DPVAT.

Ao invés de motociatas, o Brasil precisa de políticas públicas para dar mais segurança e combater a poluição gerada pelas motos. Uma moto emite cinco vezes poluentes que um carro. Em dez anos, dobrou o número de motos, que é o modal que mais mata e polui no Brasil.

Para acessar a coluna completa, clique aqui.

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